Das minhas encilha
Fabiano bacchieriPega a volta, que a baia é matreira
Deixa que a tordilha ponteie, que sabe das casa e conhece a mangueira
Pra trás, cusco atoa, jêgua, opa, opa, opa
Eu que venho de outros tempo lidando com a cavalhada
Quando vejo uma juntada, mal comparando me vem
A pelagens que encilhei e outras que, com maldade
Eu fiquei só na vontade de cinchar no recavém
E ja se veio a bragada ponteando rumo a mangueira
Mordendo por caborteira, coiceando a sombra e o sabugo
Lembrando as mais cancheiras que topam sempre a parada
No findar da madrugada apertam qualquer refugo
Que moura de fundamento essa que vai no costado
Tem trancão de égua madura, tipo de ser ligeira e de confiança pra uma lida
Mas que lobuna comum, destas que se acha em qualquer rincão
Hahahahahaha, são essas que sobram mais que garrão em açougue, compadre
A zaina que escramuçava, troteando de cola alçada
Que nunca nega empreitada no calor que tem no couro
E a ruana que é cobiçada pra um desfile numa pista
Tá sempre fora da lista quando o assunto é namoro
Vão a picaça e a tostada num compassito certeiro
Tal as que, no entreveiro, sabem da volta da sala
Num chamamé correntino que na cordeona se abraça
Então, por linda, faz graça e se anunha contra o pala
Hermano, me palpita que hoje saio de a cavalo
Quem carece botá as encilha, não cuida o pelo, parceiro
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