O rio grande dos meus olhos
Fabiano bacchieriPela vida, na sua batalha
Pedindo acolhida de Deus
Quando a sorte ainda lhe falha
Pra trás deixou saudades, verdades
Que vivem consigo
Parceiros, pertences, paixões, recuerdos
De um pago antigo
Levou a cabresto esta sina menina
De um mundo soldado
O campo os olhos molhados
Por desencanto
A estrada da insegurança
Quando a ânsia se tornarem real
E a angústia do domador
Que já não doma o bagual
Saudades deixou no passado
Perdido nas suas visagens
Que vivem por entre as margens
Do rio grande dos olhos meus
Que seguem indagando a Deus
O porquê da sua partida
Será que perdeu seu rumo
Ou sonhou demais nessa vida
Agora, carrega as penas, não são pequenas
E nunca esquecidas, a guitarra parceira serena
De um pago, que se fez vida
Que ficou por ele esperando, sofrendo
A triste vermelha
Procura agora a metade saudade
Verdade que já é caseira
Embretado por entre concretos
Por certo, moldará ao seu jeito
Mas não perderá do seu peito
Seus claros conceitos
Perderá assim o cheiro do campo
Lamento com a vida de agora
Mas sempre terá seus sonhos tamanhos
A esperança de uma melhora
Lá se foi o homem do campo...
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