Franklin mano

Caruaru

Franklin mano
Toda quinta eu te encontro
Diocesano, Dimensão é tão utópico...
Eu te olho
Você me olha
Mas há mágoa reprimi
O amor que se sente.

Eu não falo
Você não fala
E o silêncio invade
A garganta da gente

Eu me seguro,
Por fora sorrio,
Me faço de forte
Olho de lado e cumprimento um amigo

Você me imita,
Em nada é diferente,
Mas por dentro chora a alma da gente

Você segue seus passos
Entra na escola
Eu viro ás costas e sigo meu caminho

As horas se passam
E nisso faz quase um ano
Que eu me engano
Feito um menino perdido num sonho

Em outras bocas em outros corpos
Eu te procuro e não te encontro
Fico frustrado outra vez
Uma vez mais sozinho

Acendo um cigarro
Degusto um conhaque
Na saudade trago
Lembranças da gente

Então frágil eu choro
Não me controlo
Vejo o amor
Mendigar um carinho
A solidão bate
Quebra tudo por dentro
Invade, machuca o sentimento...

Essa história não tem fim
E se repete
Mais ardente e permanente
Não se mede nem se controla
Apenas se sente

Salta,
Mergulha,
Invade,
Toca no fundo,
Machuca por dentro,

Sou refém conivente desse sentimento

Que salta,
Mergulha,
Invade,
Toca no fundo,
Machuca por dentro,

Essa história não tem fim
Constantemente se repete
Mais ardente e permanente
Não se controla
Não se impede
Não se mede
Apenas se sente

Isso me assusta
E eu me pergunto
Será que isso dura eternamente / Pra sempre?
Será que é assim mesmo?
Tem que ser dessa forma?
O que eu faço pra ter mais do mesmo?
Só um pouco mais da gente...

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