Delírio profundo
Franklin manoTocando com suas mãos a minha alma
Sedando meus ouvidos com sua fala
Indo no intimo bem fundo
Pra acalmar mais uma vez essa criança descontrolada
Que há tempos está perdida, sem rumo
Fugindo de se mesma em se mesma
Tropeçando e caindo num abismo profundo
De memórias reais e exatas
E tive uma vontade louca
De comer cachorro-quente com farinha
De ir a pé de Pernambuco a Sampa
Ver Caetano
E vi na rua um mendigo escutando
Um baiano na Praça da Sé sozinho, solando
Uma guitarra bem velhinha
E cantando em espanhol um rock sul-americano
E devolvendo seus sonhos perdidos
Que se foram nos passos de um alguém de quem gostava tanto
Formado em Direito, branco, de sagitário e sozinho
Vagando pelas ruas, por ai perambulando
Sentado no asfalto sozinho
Bebendo uma dose e dando um trago
Esperando o impossível num milagre
Que não aconteceu
E pegou no sono sozinho sentido por dentro Alessandra
Tocando com suas mãos a sua alma
Sedando seus ouvidos com sua fala
Indo no intimo bem fundo
Pra acalmar mais uma vez a criança descontrolada
Que há tempos está perdida, sem rumo
Fugindo de se mesma em se mesma
Tropeçando e caindo em um abismo profundo
De memórias reais e exatas
Porque Ele ama, tanto ama, ama, ama, ama...
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