Desencanto
Franklin manoEu não sei quem eu sou
Distante, perdido, sem rumo
Pra onde eu vou?
Sem asas, decaído
Sem forças não se levantou
Deitado vendo a lua
Aluou...
Fatos me submetem ao medo
Perdas, equívocos, incertezas...
Um vocabulário inteiro
De palavras conceituais
Aplicadas ao caso concreto
Sobre minha pequeneza
Toda essa abrupta grandeza
Talvez você tivesse me poupado
Se não tivesse tanta frieza
Sorrindo, brincado, fingindo / Meu usou...
Miragens, planos, esperanças
No ato se desperdiçou
A alma tonta desiludida
Por dentro do corpo tombou...
Caindo num oceano frio
As pupilas dilatadas / Inundou
Transbordando, salgando a pele do rosto
Em intensas temperas / Desbotou
Sujando o sentimento puro
E o revirando-o ao avesso
Se dissipou...
E de noite, cansado, sozinho
Eu não sei quem eu sou
Distante, perdido, sem rumo
Pra onde eu vou?
Sem asas, decaído
Sem forças não se levantou
Cansado, sozinho
Vendo a lua aluou...
Cansado, sozinho...
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