Seca de 97
Gean ramos
Ouço o grilo cantar no pé de imbuzeiro
De janeiro a janeiro sem chover
A agaroba que armazena água está seca
Imagine os cajueiro que papai plantou
Na roça de Maria Preta
Não há nada que eu diga que expresse
Essa tristeza que está no meu olhar
Morre vaca, cabra, ovelha, só resiste o jegue
Lá de casa que se chama, que se chama Barrunfo
É a vida a situação aqui no meu sertão
Quando fica sem chover
Tudo triste tudo seco mamona estourando
Nem as galinha a gente ouve cantando ao amanhecer
Como é triste ver essa situação e nada poder fazer
Tem gente que pega o terço vai rezar
Outros pega a bíblia vão orar
Não é só a quem podemos recorrer
Mas pra tristeza de toda nação
Ficou todo esse batalhão
Que só faz promessa
E que tem muita pressa de enricar
Enrica mas irrita todo povo nordestino
Que precisa de um olhar
Só precisa de um olhar
Só precisa de molhar a terra seca
Que coragem a gente tem pra trabalhar
De janeiro a janeiro sem chover
A agaroba que armazena água está seca
Imagine os cajueiro que papai plantou
Na roça de Maria Preta
Não há nada que eu diga que expresse
Essa tristeza que está no meu olhar
Morre vaca, cabra, ovelha, só resiste o jegue
Lá de casa que se chama, que se chama Barrunfo
É a vida a situação aqui no meu sertão
Quando fica sem chover
Tudo triste tudo seco mamona estourando
Nem as galinha a gente ouve cantando ao amanhecer
Como é triste ver essa situação e nada poder fazer
Tem gente que pega o terço vai rezar
Outros pega a bíblia vão orar
Não é só a quem podemos recorrer
Mas pra tristeza de toda nação
Ficou todo esse batalhão
Que só faz promessa
E que tem muita pressa de enricar
Enrica mas irrita todo povo nordestino
Que precisa de um olhar
Só precisa de um olhar
Só precisa de molhar a terra seca
Que coragem a gente tem pra trabalhar
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