Indomada fera
Gil lucasAmei bandidos sujos e trôpegos
Amei todo o tipo de vagabundo
Amei teu amor, mesquinho e roto
Amei teu verbo inútil e imundo
Amei a verdade de quem tá no topo
E tu me deixou num segundo
E me soterra no submundo
Os teus olhos com pura delicadeza
Trouxeram a esperada primavera
Embebido em tamanha beleza
O inverno, essa indomada fera
Não resistiu a sua delicadeza
Dizem que a vida é uma quimera
Pelo amor e sua eterna avareza
Eu já desisti, mas quem me dera
Florescer vigoroso na tua incerteza
Amei o teu corpo encantado
Imprimindo o prazer oriundo
Do genuíno viver sem pecado
Cai, sobre a mesa, o coração vagabundo
E segue batendo, num castelo abandonado
O resto é, por si só, rotundo
Igual a um boêmio inveterado
Que ri do sofrimento mais profundo
Os teus olhos, com pura delicadeza
Trouxeram a esperada primavera
Embebido em tamanha beleza
O inverno, essa indomada fera
Não resistiu a sua delicadeza
Dizem que a vida é uma quimera
Pelo amor e sua eterna avareza
Eu já desisti, mas quem me dera
Só vemos o que temos condições de olhar
Só temos o que tempos por saber amar demais
Mesmo que nunca volte atrás
Só vemos o que temos condições de amar
Vivemos nesses tempos por saber olhar a mais
Mesmo que nunca volte atrás
Os teus olhos, com pura delicadeza
Trouxeram a esperada primavera
Embebido em tamanha beleza
O inverno, essa indomada fera
Não resistiu a sua delicadeza
Dizem que a vida é uma quimera
Pelo amor e sua eterna avareza
Eu já desisti, mas quem me dera
Florescer vigoroso na tua incerteza