O pangaré
Goiano e paranaensePara trabalhar na roça
Na colheita de algodão
O meu cavalo era um velho pangaré
Quem sempre estava de pé
Pra qualquer situação
E o meu vizinho que na vida progredia
Só tinha égua de cria
Pra boa reprodução
Certo dia uma potranca entrou no cio
De repente ela saiu
Pra buscar um garanhão
Nesse intervalo sua potranca fugiu
Pro meu sítio ela partiu
Com muita disposição
E o pangaré quando viu essa potranca
Já pulou na sua anca
E escondeu o mandiocão
E o garanhão quando chegou pro serviço
Foi aquele reboliço
Chegava a cavar no chão
Mais a potranca já estava enxertada
Não quis saber de mais nada
Rejeitou o garanhão
O fazendeiro homem rico e caprichoso
Adoeceu de nervoso
Vejam só como é que é
Sua potranca sangue puro e boa raça
Chegou a soltar fumaça
Na cardã do pangaré
E o fazendeiro foi chamar o Delegado
Com mais de trinta soldados
Querendo me algemar
E o Delegado disse que eu era inocente
Decidiu naturalmente
Deixa o pangaré trepar
Deixa o bicho namorar
Deixa o pangaré trepar
O sinete do cavalo é pra lá de Bagdá
Deixa o pangaré trepar
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