Pai francisco
Goiano e paranaense
Já faz alguns anos que aconteceu
Numa estrada velha do meu sertão
Ao caminhar sozinho nas margens de um rio
Parei pra descansar com a viola na mão
Apareceu em velho vestido de branco
Na sua cintura eu vi um cordão
Sentou-se ao meu lado à beira da estrada
Nas mãos ele tinha um terço em oração
Numa estrada velha do meu sertão
Ao caminhar sozinho nas margens de um rio
Parei pra descansar com a viola na mão
Apareceu em velho vestido de branco
Na sua cintura eu vi um cordão
Sentou-se ao meu lado à beira da estrada
Nas mãos ele tinha um terço em oração
Ao conversar com o velho por algum momento
Senti em remorso em meu coração
Percebendo em seu rosto tanta humildade
Sem vaidade com os pés no chão
A sua mensagem pra mim foi divina
Seu sofrimento pra mim foi lição
Mostrou em suas costas velhas cicatrizes
Marcas de chicote da tal escravidão
Preto velho foi embora e ali eu fiquei
Deixou um rosário em minha proteção
Tocou em minhas costas ao se despedir
Prosseguiu seu caminho sem direção
Me falou que do mundo nada se leva
Me ensinou a perdoar e também dar o perdão
Porque nosso Mestre que está nas alturas
Morreu na cruz por nossa salvação
La vai o velho, veja lá meu pai
É o Pai Francisco caminhando, vai!
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