Gonçalo salgueiro

Tive uma vida deixei-a

Gonçalo salgueiro
Sou filho da Lua cheia
Do Sol um filho bastardo
Tive uma vida, deixei-a
Por nunca ter sido amado

Sou como o mar selvagem
Que tudo mata e destrói
Por não encontrar coragem
De aceitar o que me dói

Sou do fogo a chama
Sou o vento, o tudo, o nada
Sou o abismo que brama
Tua ausência prolongada

Sou alma que flameja
Sedenta da vingança
A boca que ninguém beija
A voz que não te alcança

Sou o fumo da candeia
Que se extingue neste fado
Tive uma vida, deixei-a
Por nunca ter sido amado

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!