Lá de onde eu vim
Guilherme eddinoSerá que tudo ainda está no seu lugar?
Lá de onde eu vim
Será que tudo ainda está no seu lugar?
Lá de onde eu vim não tem segredo
Eu lembro que não tinha medo
No meio das cores, das torres
Na fortaleza de amores
Tão cheia de gente que ri e que chora
De toda a maldade da vida
Mas até nossas hortas acabam se o sol já não vem
E os restos de feira caídos na esquina
Sem eira nem beira
Um bar, um presépio vazio, um castelo sem rei
Às vezes parece que cada notícia que chega no vento
Me traz num momento de volta ao lugar de onde eu vim
Pois esse começo de tudo só morre no fim
Quando eu penso em
Lá de onde eu vim
Será que tudo ainda está no seu lugar?
Lá de onde eu vim
Será que tudo ainda está no seu lugar?
Seguir pelas ruas que nunca terminam na sombra das folhas
Seguir pela selva sem nunca saber quem vem lá
Os gatos se escondem no meio dos carros e cantam pra noite
E lá na distância, a estrada não para jamais
Que pena que o Capibaribe de Sampa não tem tanta pompa
Na proa do barco que leva pra terras mais vis
Bandeira de bandeira branca hasteada, ceifando poemas
Driblando a criança com cada palavra que diz
Que lá no fundo só quer ser feliz
Quando eu penso em
Lá de onde eu vim
Será que tudo ainda está no seu lugar?
Lá de onde eu vim
Será que tudo ainda está no seu lugar?
E todo dia aquela estrada me chama
E todo dia aquela estrada me chama
E todo dia aquela estrada me chama
Pra seguir viagem
Pra seguir viagem
Lá de onde eu vim
Será que tudo ainda está no seu lugar?
Lá de onde eu vim
Será que tudo ainda está no seu lugar?