Guilherme lacerda

O bordado da cortina

Guilherme lacerda
O meu barracão de madeira fica na ladeira
De costas para ribanceira
Com uma cadeira, uma mesa, uma cama e um fogão
Um isopor velho no canto é minha geladeira
Onde guardo as compras que faço na feira
A maça, a banana, a pera e o mamão pra fazer digestão

A minha humilde moradia tem uma janela
E já se comenta que é a mais bela
E eu acho até que eles tem razão
Pois a cortina de improviso não deu prejuízo
Eu logo aviso lhe dando um sorriso
Foi bordada à mão
Num pano preto e branco, que enfeita o barranco
Parece um palácio estou sendo bem franco
Pois quando bate o vento se destaca bem ao centro
O símbolo alvi-negro do meu coringão
...as cores que estão pintadas no meu coração
...tem muita história, tem garra e tem tradição
São Jorge guerreiro abençoa o nosso Timão

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