Um dia
Gunnar vargas
Fomos navegando sem sentido
Sem fronteiras nem caminhos
Sem cuidados de chegada ou de partida
Sem fronteiras nem caminhos
Sem cuidados de chegada ou de partida
Pelas rotas proibidas
E agora que saída
Se ao olhar em mar aberto
Estive só e num deserto
É o mesmo pó que embala o vento
E a escuridão desse momento
Poucos se deixaram ir tão longe
O horizonte ali defronte
A perder-se nos seus olhos que um dia
Revelaram paraísos
Mil encantos indecisos
Povoando meus anseios
Pelos cantos, pelo meio
E no entanto o que veio
Não passou de devaneio
Quem sabe um dia eu possa fugir
Pra lá, te dar o que ficou
E a fantasia de nós descobrir
Guardar, rasgar e sem pudor
Revelaria a nossa estação
Tensão de mãos, numa flor
Te acenderia sem explicação
Razão tem não, só calor
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