Gigantes da serra
Heitor rovaniA calmaria de um belo alvorecer
Rompendo aquele silêncio uma trovoada
Roncando grosso, marcha engrenada
De canos cheios ao céu se vão
Em busca de um horizonte de sonhos tantos
Subindo a serra de encantos
Pra garantir o seu quinhão
Quebrando o gelo, manhã de inverno e serração
Turbinas incandescentes, calor que aquece o coração
De pé no fundo a carga é pesada, mas 'tem pressão'
E lá se vão os gigantes transportando uma paixão
Caminho que leva a recuerdos de um tempo distante
Paisagem desperta saudade no peito contida
Na serra de são salvador, uma marcha forçada
Perigo na curva, atenção redobrada
A toque de caixa ao céu se vão
Cumprindo a grande missão de levar o progresso
De representar com sucesso
Esta honrada profissão
Na linha doze, em meio aos vinhedos e a plantação
Um reencontro de amigos que ganham a vida do caminhão
Matar a sede, um vinho do bom di italiani
À sombra de uma nogueira no Terenciano Steffani
Estrada que há muito rodavam os carros de bois
Levando e trazendo as riquezas do homem do campo
Rompendo aquele silêncio uma trovoada
Ecoam os gritos tocando a boiada
De peito aberto ao céu se vão
Abrindo picadas no tempo e fazendo o futuro
Suando e peleando duro
Na luta em troca do pão
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