Um canto a dom manduca
Heitor rovani
Ao chegar à capital da acácia negra
Vou cruzar na balsa sobre o rio caí
Na primeira entrada tem uma vertente
Que é para a gente nunca mais sair dali
Quem bebeu daquela água com certeza
Não esquece a poesia de apreciar
A paisagem a varrer naqueles campos e
Um céu sem nuvens pra que o sol possa brilhar
Vou cruzar na balsa sobre o rio caí
Na primeira entrada tem uma vertente
Que é para a gente nunca mais sair dali
Quem bebeu daquela água com certeza
Não esquece a poesia de apreciar
A paisagem a varrer naqueles campos e
Um céu sem nuvens pra que o sol possa brilhar
Lá no passo dos manduca tenho o cheiro
Do eucalipto a penetrar no coração
Do outro lado, eu quero em baixo da figueira,
Beber o rio transformado em chimarrão
Nas coxilhas onde o arado corta a leiva
É plantado algo mais do que sementes
Sinto isso quando nasce o que é semeado
E porque nunca o sol e chuva estão ausentes
Tradição de acolher bem os amigos
De apertar a mão sentindo o coração
Montenegro terra de “meu vô manduca”,
De gente culta e que cultiva o nosso chão
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