Inerte

Pulsar

Inerte
O grito estremece o holocausto.
O dia amanhece e a boca, seca, emudece.
De punhos fechados esmurro o espelho embaçado.
Eu, mil pedaços.

Enquanto recolho os cacos, chamas acesas
Aquecem os impulsos asfixiados
À superfície tudo parece o outro lado:
“Um abismo inflamado onde fermenta sempre
O mesmo pensamento da noite anterior.”

Mil faces agora dançam sobre as cinzas de seus próprios cadáveres
Guilhotina, pescoço rasgado......
E o sangue pútrido ferve a sede de seus próprios pecados.

Olhos nublados enxergam cor e estas tardes de chumbo já não desmancham esta sombra......que anda.

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