O conto
Isaac cândidoE divertia a majestade
Tive um dia uma vontade,
Uma vontade de ser rei.
Pois achava que seria
Um reinado diferente
Imaginava que no dia
Que o palhaço fosse rei
Todo mundo sorriria
- Até quando? Eu não sabia
E até hoje ainda não sei.
Mas o fato é que tentei.
Algo em mim se rebelava
E as piadas que eu contava
Que eu contava para o rei,
Ele delas já não ria
Muito menos a rainha
Que me olhava com desdém.
Percebendo a ousadia
De um palhaço que queria
Algum dia ser o rei
Mas, no fundo, eu já pensava
?Dentro dessa majestade,
Algo novo comecei?.
Pelo modo que me olhava,
Quando agora eu cantava
Como nunca eu cantei
Talvez pelo meu encanto
Quer marcara o meu passado
Tantas coisas eu notei
Mas o fato é que tentei.
Eu olhava diferente
Ele ria indiferente
Prepotente como um rei
Apesar do seu semblante
Contorcido e espantado
Pelo clima que eu criei.
Pois o que eu não esperava,
Uma festa no castelo
(?Oba! É a chance que esperei?)
Nela, então, eu cantaria
Para o povo da cidade:
- Eu confesso que chorei.
Todo mundo aplaudiria
Até mesmo a tal rainha
Que nos sonhos já amei,
Gritaria com alegria:
- Viva a nossa majestade!
Esse é o homem que eu esperei!
Mas o fato é que tentei.
Mas eu nunca esperaria
O que viria pela frente,
Isso nunca imaginei:
Pois na hora em que seria
O tal monarca apunhalado ouvi gritos e gelei.
Era a voz da majestade
Que soava sorridente,
Prepotente como um rei.
A tal festa, na verdade,
É apenas um presente,
Um presente desse rei
Para um velho adolescente
Meu amigo, que de todos
Os palhaços é o rei.
Mas confesso que tentei.