Rosa vermelha
Isabel pacheco
Olhando este mundo ele viu grande multidão
Andando sozinha, sem nada na mão
Sua vida foi rosa vermelha cravada na cruz
Quem passou por ele sentiu compaixão
Andando sozinha, sem nada na mão
Sua vida foi rosa vermelha cravada na cruz
Quem passou por ele sentiu compaixão
A rosa murchando, sangrando
Esvaindo em dor.
Perdendo a cor, sem respiração
Mas o seu perfume se apega a mão que a esmagou.
E quem a feriu
Concedeu perdão
Agora seu sangue vertendo caindo no chão
Três dias morrendo, oh vil solidão
No terceiro dia o mundo encheu- se de flores,
E rosa vermelha de novo brotou.
Jesus é o lírio dos vales, rosa de saron
Até seus espinhos, são marcas de amor
Agora ele vive a plantar um grande jardim
Se você quiser será uma flor
Uma flor...
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