A bela do castelo sem portas
Janita salomé
Passo a ponte levadiça e de entrar,
Só me separava um véu carmim
Com forma de arco em ferradura.
Mas um perfume lento, de jasmim,
Só me separava um véu carmim
Com forma de arco em ferradura.
Mas um perfume lento, de jasmim,
Embebeda-me em te não deixar
Minhas mãos na volta da cintura...
Sonharei voar no domínio das águas,
Quero pousar-te de manso na mão,
Deixar-te penas brancas no ventre
Levo, na boca, uma flor de vento em botão,
Um malmequer que floresça sempre,
A fonte de todas as nascentes!
Quero inventar mais longe para amar-te,
Onde as águias sintam vertigens
E nem meus sonhos possam tocar-te!
Aí te cantarei em vôo rasante
E num abraço, a medo, de amor virgem,
A nascentes de todas as fontes!
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