Janita salomé

Margarida no convento

Janita salomé
Se mil portas se fecharam
muitas mais outras se te abrem
solta os braços andorinha
que onde o amor te
prenderam
as tuas asas não cabem

Margarida canta nua
deitada num barco de Lua

No teu voo de asa afiada
trespassa o ventre do vento
que em sangue
de rosa bravia
sopra um sonho na maresia
branda, azul, da
madrugada...

Margarida canta nua
deitada num barco de Lua

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