João chora

Cavalo baio

João chora

Fui dali, da minha terra
À Feira de Salvaterra
Comprar um cavalo baio
Tem muito sedosa a crina
Tem a pele muito fina
E palhetas como um raio

Fui depois a Vila Franca
Para ver como ele arranca
À cabeça da manada
E no Colete Encarnado
Com ele à frente do gado
Não houve rés tresmalhada

À Chamusca fui um dia
Para que o Mestre Zé Maria
O levasse a tourear
E quinta-feira de Espiga
Sem tentar nenhuma briga
Foi uma tarde de pasmar

Certo dia de manhã
Fui pr'a feira da Golegã
Como era o meu desejo
E tive a prova final
Que o meu baio era afinal
O melhor do Ribatejo

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