Rosinha dos limões
João chora
Quando ela passa franzina e cheia de graça
Há sempre um ar de chalaça no seu olhar feiticeiro
Lá vai catita, cada dia mais bonita
E o seu vestido de chita tem sempre um ar domingueiro
Há sempre um ar de chalaça no seu olhar feiticeiro
Lá vai catita, cada dia mais bonita
E o seu vestido de chita tem sempre um ar domingueiro
Passa ligeira, alegre e namoradeira
E a sorrir p'ra rua inteira vai semeando ilusões
Quando ela passa, vai vender limões à praça
E até lhe chamam por graça, a Rosinha dos limões
Quando ela passa junto da minha janela
Meus olhos vão atrás dela até ver da rua, o fim
Com ar gaiato, ela caminha apressada
Rindo por tudo e por nada e às vezes sorri p'ra mim
Quando ela passa apregoando os limões
A sós com os meus botões, no vão da minha janela
Fico pensando, que qualquer dia por graça
Vou comprar limões à praça, e depois caso com ela
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