A viola e a caneta
João mulato e douradinho
Eu vou falar a verdade é agora na batata.
Se eu estiver mentindo quero que alguém rebata.
É a verdade de um caipira não sou nenhum diplomata.
Tem bicho se acabando de tanto que gente mata.
Por que estão poluindo o nosso rio e cascata.
E pra judiar da terra tem machado e moto serra.
Destruindo nossa mata.
Se eu estiver mentindo quero que alguém rebata.
É a verdade de um caipira não sou nenhum diplomata.
Tem bicho se acabando de tanto que gente mata.
Por que estão poluindo o nosso rio e cascata.
E pra judiar da terra tem machado e moto serra.
Destruindo nossa mata.
É triste ver um irmão entre ratos e baratas.
Tem gente comendo lixo que está no fundo da lata.
O trabalhador só perde não ganha e nem empata.
O pobre está amarrado eu cheguei na hora exata.
É um nó que o governo se quiser ele desata.
Por que então tanta pobreza num país que tem riqueza.
Muito ouro e muita prata.
Minha moda deixou rastros foi lambada de chibata.
Não fiz moda de amor pra cantar em serenata.
Defendi o povo pobre que tem gente que maltrata.
Pra confirmar o que eu disse é assim que arremata.
Aqui só ganha dinheiro essa turma da gravata.
Com a viola e caneta boto a boca na corneta.
Pra acabar com essa mamata.
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