Luta de classe
João mulato e douradinho
Era inverno e chovia
E nesse tempo nascia
Um caboclo bravo e forte
De situação oprimida
Ele assim varou a vida
Lamentando a triste sorte
Era moço idealista
Sem ser porém ativista
Nem tão pouco agitador
Por uma coisa sofria
Era ver um boia fria
Nas garras do explorador.
E nesse tempo nascia
Um caboclo bravo e forte
De situação oprimida
Ele assim varou a vida
Lamentando a triste sorte
Era moço idealista
Sem ser porém ativista
Nem tão pouco agitador
Por uma coisa sofria
Era ver um boia fria
Nas garras do explorador.
Feito o canção de guerra
Por amor a sua terra
Tocou sem arma e trincheira
E disse seu coronel
Eu não colho o seu café
Sem registro na carteira.
Oi brasil
O seu povo é diferente
Oi brasileiros, sangue bravo
Sangue quente.
O coronel assustado
Compreendeu que estava errado
Empregado sem contrato
Deu a ele a vitória
Pois nos atalhos da história
Há o registro do fato
Mandou chamar o matuto
Braço forte do chão bruto
Que julgou ser vagabundo
E disse sem mais contenda
Você na minha fazenda
É o melhor homem do mundo.
Não teve quem não gostasse
Daquela luta de classe
Sem armas de arsenal
E neste contexto eu vejo
Que um caboclo sertanejo
É uma gloria nacional.
Oi brasil
O seu povo é diferente
Oi brasileiros, sangue bravo
Sangue quente.
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