Escondendo minha mágoa
João mulato e douradinho
Andei distante escondendo a minha mágoa
Tive os olhos rasos d'água todas as vezes que sofri
Porém de volta, aqui estou mulher fingida
Vim falar de nossa vida e você tem que me ouvir
De sua casa um dia fui mandado embora
Saí pelo mundo a fora e você ficou sorrindo
Me ouça bem de sua vida nada quero
Vim pra condenar seus erros por deus estou mentindo
Tive os olhos rasos d'água todas as vezes que sofri
Porém de volta, aqui estou mulher fingida
Vim falar de nossa vida e você tem que me ouvir
De sua casa um dia fui mandado embora
Saí pelo mundo a fora e você ficou sorrindo
Me ouça bem de sua vida nada quero
Vim pra condenar seus erros por deus estou mentindo
Você não teve o menor gesto de nobreza
Apesar de ter certeza de quem é o seu amor
Não me convide a entrar em sua sala
Pois tudo que você fala para mim não tem valor
Muito abrigado pelo grande menos prezo
Ao julgar-me indefeso tive uma nova visão
Vi me abrigado a dizer-lhe tudo isso
Para que você não morra sem obter meu perdão
Não quero ver e nem ouvir a sua história
O seu passado e sua glória para mim não vale nada
Nunca se esqueça que seu velho companheiro
Não se vende por dinheiro e nem teme luta serrada
De sua mesa nunca vou pedir-lhe um prato
Sou índio filho do mato, caboclo do sangue forte
Eu lhe aconselho que aprenda ser mais gente
Nunca mais fale meu nome e que deus lhe dê mais sorte.
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