Truco no bar do brás
João vilarimParei na venda do Brás pra uma pinga tomar
Vi uma coisa medonha me assusta pra contar
Vi seis marrecos brigando fazendo o milho pular
Com tanto xingo e desaforo, parecia valer ouro a trucada do lugar
Os times bem divididos pra não ficar desigual
De um lado Tonho Mineiro, Gercino e o Juvenal
Do outro tava o Zé Preto, Florindo e o Sandoval
Por fora dessa disputa, ficou de fora o Marçal
Também de fora palpitando, Mané Pedro e o Orlando, Chiquinho e também o Val
No meio da brincadeira eu escuto alguém trucar
Virei pra ver o ocorrido, Zé Preto que ia jogar
Piscou e bateu no peito mandando se descartar
Deixando passar a primeira, mandou Gercino tornar
O moço empalideceu jogou a carta e torceu pro parceiro não amarrar
Antes de jogar a carta Juvenal viu se podia
Matar a primeira de com três e tornava a espadia
Certinho ele pensou tinha carta a riveria
Fazendo logo a primeira é um caminhão de melancia !
O Zé Preto e o Sandoval quase se pega de pau, tava faltando mania
E foi uma gritaria quando seis Tonho gritou
Escondendo o sete ouro, a pestana levantou
Zé Preto olhou pras cartas a seisada ele aceitou
Em cima da espadia o zape ele gastou
Nove tento ele pedia pra mostrar sua mania e um doze ele escutou
O Zé Preto cobriu toco mas na hora não pensou
Se os parceiros tinham carta ninguém se manifestou
Jogando o sete copa carta de maior valor
Nesta hora ele sorria a partida ele ganhou
Quando o Tonho se revolta na mão outro sete copa no jogo alguém roubou