De fogões e inverneiras
Joca martinsDesquino um tento pra não ter o que pensar
Atiro sonhos no banhado do potreiro
E a noite grande vem me pôr a guitarrear.
Traço caminhos pra seguir no outro dia
E a alma encilha novos fletes a domar
Nas invernadas que se perde na distância
Mato essas ânsias extraviadas no cantar.
(Fogões me agradam no clarim das inverneiras
Almas campeiras que povoam o galpão
São sonhos xucros mesclados com minuano
Que esse aragano há muito tempo já domou)
Lá fora a vida se desmancha em chuva fria
Cordoando tropas, buscando se acomodar
Um quero-quero se anuncia na coxilha
Ensaia rimas de saudade a recordar.
Negra parceira que o fogão te viu ausente
E até o poente se perdeu do teu olhar
Repasso rimas de fogões e inverneiras
Almas campeiras que me põem a guitarrear.
(Fogões me agradam no clarim das inverneiras
Almas campeiras que povoam o galpão
São sonhos xucros mesclados com minuano
Que esse aragano há muito tempo já domou)
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