Pra acender o dia
Joca martins
Acendo o dia no galpão dos tempos,
Sorvendo a luz que o chimarrão conserva
Nos rios que correm pela bomba adentro
E a paz dos campos no verdor da erva...
Sorvendo a luz que o chimarrão conserva
Nos rios que correm pela bomba adentro
E a paz dos campos no verdor da erva...
Uma brasina velha e descarnada,
Berrando as mágoas e desesperanças,
Quer a terneira que pousou atada,
Nesse ritual de toda a vaca mansa...
Sento os arreios no gateado manso,
Aperto a cincha, calço a espora e monto.
Quem foi nascido pra não ter descanso
Tem sempre o laço e o cavalo pronto!
Saio pro campo a revisar o gado,
Curar bicheira, destrancar terneiro
Costear os valos, sangas e banhados
Coisas da lida deste peão campeiro!
Do que aprendi nessa vaqueana vida,
Muito se oculta na exceção da regra...
É feito a vaca que, recém parida,
Esconde a cria junto da macega!
Trago comigo algum mistério bruxo,
Pingo e cachorro, a querência e, enfim,
O atavismo de viver gaúcho
Que nunca mais há de fugir de mim!
Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!
Mais ouvidas de Joca martins
ver todas as músicas- Tesouro da Raça
- Romance na Tafona
- Por Causa Das Pilchas
- Pra Acender o Dia
- No Bailão da Catacumba
- Tio Anastácio
- Luzeiros da Alma
- Domingueiro
- Que Colorada Veiaca!
- Marca Gaúcha
- A Don Antônio Bonini
- Entre a chuva e a distância
- Esquilador
- Catedral
- Só Restou
- Pelo Fio da Crina
- Florecita
- Campeiro, Cusco e Cavalo
- Pra Se Falar de Cavalo
- Lá na Estância Nazareth