Juliano buteco

Absurdo sacrário

Juliano buteco
Absurdo sacrário


Violei o teu absurdo sacrário
Pisei descalço sobre os teus totens
Plantei joio nos jardins do teu éden
Gargalhei em vão do teu nome pífio

Trinquei a sinagoga da tua ignorância
Desarquitetei a tua cúpula de horrores
Incinerei o teu nobre poema divino
Calei tua infértil voz trepidante

Arranhei os discos do teu louvor
Regurgitei verde o teu rubro vinho
Desafinei teu tosco alegre alaúde
Maculei a pureza da tua virgem mãe

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