Los porongas

Enquanto uns dormem

Los porongas
Vou por atalhos
Se faço curva faço nó
Eu não tenho timão nem direção maior

Criando a talhos, a golpes de satisfação
Faço escultura em luz de lampião

Meu oriente é rente à televisão
Dos passos que passeiam no Japão

Menino, a lente é vidro de aumentar visão
E a mente é de alimento à solidão

Porque eu não quero ficar aqui
Enquanto uns dormem

Quero um balão pra poder subir
E avise que vou voltar se não cair

Fazendo um talho
A ponta de faca sem dó
Entrega ao punho sua direção

E assim me valho
De verbo ou de coisa melhor
E aceito a cicatriz como perdão

Deixa eu me explicar sem medo
Tão mais cedo quanto for
Assim não é preciso impressionar

Cale-me com um segredo
Que eu não possa ver a cor
Talvez seja mais fácil de acordar

Se eu não puder viajar
Me encontre aqui
Talvez eu vá me esconder em mim

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