Loungetude 46

Brasileira

Loungetude 46
Meu suor congela
quando sinto frio.
Minha farda é amarela,
minha alma é de donzela,
meu cenário é o Brasil.

Meu querer desperta
quando quero mais.
Deixa a porta aberta,
a visita é certa,
assim vivo em paz.

Meus cabelos longos
não te deixam ver
o contorno dos meus ombros,
onde mandarins e pombos
pousam sem querer.

Minha voz ecoa
em qualquer lugar.
Garras de leoa
se a presa for boa,
se não deixe estar.

Meu corpo balança,
gira sem parar.
Num passo de dança
até onde se alcança
começo a voar.

Meus cabelos longos
não te deixam ver
o contorno dos meus ombros,
onde mandarins e pombos
pousam sem querer.

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