Algo do destino
Luiz arlindo peresFazendo o que mais gostava
Montado no meu cavalo
Um lote de boi tocava
Subindo invernada a cima
Nada de mal eu pensava
Não pensava que o destino
Algo pra mim preparava
Cheguando em cima da serra
Apiei do alazão
Recolhi o gado no pasto
Fechei de novo o portão
Virei para trás a galope
Tava comprida a missão
O sol já ia escondendo
Deixando sombra no chão
Já estava escurecendo
Quando eu cheguei na varanda
Terminei o meu serviço
Despedi de quem comanda
Precisando de amigos
Sozinho o carro não anda
Fiz as minhas orações
Como a lei divina manda
Bem cedo eu já fui dormir
Pra acordar de madrugada
As tres horas da manhã
Era tempo de gelada
Mas quem tem obrigação
Tem que enfrentar a parada
Tirar 100 litros de leite
Entregar na hora marcada
Os galos cantavam tristes
No romper da madrugada
Parecia um aviso
O canto da passaradea
O destino é traiçoeiro
Prega uma peça na gente
Alguem veio me dizer
Seu pai tá muito doente
Aquela noticia triste
Quase não acreditei
Se ele tinha morrido
Sem querer eu perguntei
Quando eu sai de lá o seu pai vivo eu deixei
Para mim foi um grande alivio
Nessa hora eu me acalmei
Seu irmão vinha de muito longe
Na sua situação
O carro perdeu o freio
Não teve outra solução
Subiu pro barranco asima
Caiu pranchado no chão
Não ficou ninguém ferido
Porque deus pois sua mão
Não inventei essa história
É um caso acontecido
Ainda encontrei meu pai
E a familha reunida
As palavras que ele disse
De consolo me nutriu
Deu o ultimo suspiro
E pra junto de deus subiu
Meu pai partiu para sempre
Mais a vida continua
Quem faz o bem nessa terra
Lá no céu também atua
Meu pai hoje esta morando
Bem lá por cima da lua
Com sertesa deus lhe disse
Pode entrar que a casa é sua