Xucro de viamão
Luiz carlos borgese acho graça do vento frio no rosto
porque o campeiro sabe onde mora a caça
e quem tem raça não pode dormir no posto
sabedoria não se compra em bolicho
e não é nicho muito fácil de encontrar
quem tem o cavalo sabe onde vai o rabicho
quem quer cambicho sempre sabe onde encontrar
só não me aperte q eu sou meio cestroso
bicho manhoso criado lá no fundão
eu sou do campo sou humilde mas sou livre
porque é assim q vive um xucro de viamão
não vem de bico que eu não gosto da mutuca
nem me cutuca q sou bagual
que coisa linda ser tratado c carinho
porque um pouquinho de respeito n faz mal
eu sou do tempo que o Uruguai era banhado
e gado alçado era normal
no mundo novo me sinto meio perdido
eu fui parido la na velha capital
eu me acordo na hora que canta o galo
que o meu cavalo dá o primeiro relincho
abro picada, corto lenha, faço valo
e curo calo porque eu mesmo me destrincho
eu acredito em benzedura e simpatia
e não tem dia que eu não faça uma oração
eu tenho alma de uma figueira sombria
e a energia da gente do meu rincão
só não me aperte q eu sou meio cestroso
bicho manhoso criado lá no fundão
eu sou do campo sou humilde mas sou livre
porque é assim q vive um xucro de viamão
não vem de bico que eu não gosto da mutuca
nem me cutuca q sou bagual
que coisa linda ser tratado c carinho
porque um pouquinho de respeito n faz mal
eu sou do tempo que o Uruguai era banhado
e gado alçado era normal
no mundo novo me sinto meio perdido
eu fui parido la na velha capital
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