Luiz marenco

Canto de quem É campo

Luiz marenco
Um vento não sei de onde
De assombro me deixa mal
Esvoaça uma "ponte-suela"
"Gacha" orelha o meu bagual

Se ergue num redemoinho
Abrindo sulcos no macegal
Não fosse a graxa das "corda"
Ganhava o lombo do "payonal"

Não fosse um par de estrelas
Com lumes de pêlo e sal
Não fosse um mango descendo
Qual raio num temporal

O galpão dos meus invernos
Meu altar de picumãs
Garante o meu "garrerio"
Pra inventar navegações

E se as penas me costeiam
Em algum semblante cinzento
Adelgaço corunilhas
Neste meu templo moreno

Campeiro, alma de vento
Mansidão de madrugadas
Feitiço de algum palheiro
Índias prosas de fumaça

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