De boca em boca
Luiz marencoQue a nossa fibra e nossa raça esmoreceu
Que andam pisando em nosso pala
Quem consente é certamente porque a fibra já perdeu
Nosso cobre da guaiaca anda minguado
Pelas coxilhas nuvem negra campereia
A pátria grande olha pra além do horizonte
E aqui nos pagos a incerteza nos maneia
A nossa garra vem dos tempos das patreadas
A nossa fibra é a semente do passado
E o destemor é porque nunca aqui nos pagos
Por estrangeiros nosso pala foi pisado
Meus irmãos, abram gaitas e gargantas
Numa canção que leve a fé por onde ande
E um canto livre há de elevar-se nas coxilhas
Mostrando a raça deste povo do Rio Grande
Deixem que eles falem por aí, de boca em boca
Pois a nossa fibra e nossa garra não morreu
E ninguém pisa em nosso pala
Quem consente é certamente, porque a fibra já perdeu
O sangue guapo dos heróis e dos valentes
que ainda corre adormecido em nossas veias
Há de aquecer-se em novas rondas e vigilhas
nos dando força pra arrebentar as maneias
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