De terra, campo e galpão
Luiz marenco
Me criei numa estância lidando co'a "cavaiada"
Flor de tropilha apoderada que escramuçando ventena
Me despenteia a melena quando monto um desbocado
Pois tenho Deus no costado me benzendo as nazarenas
Flor de tropilha apoderada que escramuçando ventena
Me despenteia a melena quando monto um desbocado
Pois tenho Deus no costado me benzendo as nazarenas
Assim cresci nesta lida pechando boi dos encontro
Capando e pealando potro nos refugo de mangueira
Com a cachorrada ovelheira e um mourito orelha curta
Fui gavião nas reculutas de alguma eguada matreira
E se carrego este orgulho por ter a alma gaúcha
É que a vida não é mansa quando manda um coração
Sou terra, campo e galpão, e algum manojo de crina
Pois vou morrer com esta sina que é meu destino de peão.
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