Estrelas da macega
Luiz marenco
Qual o vermelho do poncho o céu da madruga
E uma garoa guasqueada teimava por impeçar
Vinha entretendo a mirada no toso bueno da crina
Até que a imagem termina na trança em fim do buçal
E uma garoa guasqueada teimava por impeçar
Vinha entretendo a mirada no toso bueno da crina
Até que a imagem termina na trança em fim do buçal
Por entre as duas orelhas se ia por conta a estrada
E uma lua ressojava na imensidão desta pampa
Quando a estrela bailarina em reboleiras de jujo
Pedia vaza pro mundo na testa de uma potranca
Linda jeguita tostada cambaleando se erguia
Cabeceando a douradilha no meio do macegal
A brisa mansa do outono faz desgarrar-se pra terra
As estrelas que as macegas batizam nas parições
Ritual campeiro da pampa que as vezes cruza a esmo
Mas as gotas de sereno benzem outras gerações
Em cada estela guardada entre os jujos desta terra
Se desprendem da macega quando uma égua parteja
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