O sal dos olhos
Luiz marencoE me esqueci de voltar
Perdi o rumo na estrada
Por me guiar nesse olhar
Quem sabe um dia eu veja
O que o olhar não entende
E descubra do meu jeito
Porque teu riso me prende
Meus olhos, claras vertentes
Das coisas que a alma reflete
Basta um silêncio de noites
Que a saudade se repete
E faz brotar lentamente
Tristezas que a gente tem
Mesmo guardadas por dentro
Se mosram qundo convém
Às vezes o sal dos olhos
se a saudade não é pouca
Nos mostra um gosto amargo
Salgando o doce da boca
Às vezes o sal dos olhos
É uma lágrima sentida
Que nos desce pela face
Por uma fresta da vida
Não sei porque esse jeito
Essa lágrima no rosto
Se por um sorriso, apenas
A boca adoça seu gosto
E tudo muda a seu tempo
Desfaz-se o que era triste
Silêncio, depois palavras
E uma alegria que insiste
Mesmo sem saber os rumos
Que os olhos hão de me dar
Quero teu riso de perto
Pra aprender a voltar
E depois saber da vida
Porque os meus olhos têm
Essa lágrima sentida
Pela saudade de alguém
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