Ringindo os arreios
Luiz marenco
Na sombra dum capão apeio um pouco
Proseando, eu, o violão e meus cachorros
Proseando, eu, o violão e meus cachorros
Seja, lidando em mangueira
Domando, curando bicheira num aparte de recolhida
Desterneirando as vacas no engorde dumas novilhas
Amadrinhando tropilhas barbeando a camba do freio
Ringindo os arreios nas baldas duma gateada
Somos o que resta campo-fora
Dando comida pras esporas
Seja, num pátio de rancho
Debaixo do poncho num galpãozito sem lado
Num mato de légua e pico ao tranquito, bem despacito
A vida é marcha troteada guapeando de alma lavada
Um baita quebra-costela nos braços da prenda amada
E a eguada da culatra tapo de terra
E deixo pelechando nas primaveras
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