Preto e branco a cores
Luizinho andançasLiberdade a este céu azul
É minha terra, orgulho meu
Porto da Pedra canta a África do Sul
Destino a minha vida
Minha luta pela liberdade
A nove filhas de um só coração
Ao sul do berço da humanidade
O Anjo Invasor me deu a cor
Mas cor não tenho
Eu tenho raça
E a cada farsa, a cada horror
O meu empenho, meu braço, meu valor
Se ergueu contra o monstro da cobiça
Caveirão da injustiça
Filho da segregação
Liberto permanece o pensamento
Ele foi meu alento
Quando o corpo foi prisão
O nosso herói
Mandela é Senhor da fé, clamou o povo
E o Tigre encontra o Leão
A maior inspiração de um novo mundo
Do gueto, um palco de glória
Corre em meu sangue a história
Num mundo misturado
Matizado com as cores deste chão
Um canto a ser louvado
Ser humano ante a fome e a privação
Museu da Favela Vermelha
Minha alma se espelha na face do irmão
É hoje, vou cantar
Minha gente é o lugar que eu sempre quis
Na Avenida, meu irmão, vou abraçar
Viver a igualdade e ser feliz
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