Luizinho e limeira

Manto sagrado

Luizinho e limeira
Falado:

Quem anda no lombo de um macho por este mundo a fora
Muitas vezes dorme de bota sem tirar o par de esporas
Foi lidando com boi bravo que passei amargas horas
Mas com fé em bom Jesus eu tive um ano de gloria
E pra cumprir uma promessa eu rumei pra Pirapora
Numa noite de tempestade que só um peão é que escora.

Cantado:

Com destino a Pirapora nesta noite de jornada
Meu cavalo escorregou ao descer numa baixada
Os arreios afrouxaram, eu rolei na enxurrada
E o macho corcoveando
Pelo pé foi me arrastando pela estrada esburacada.

Nessa hora de aflição gritei por nosso senhor
Bem na beira de um abismo meu cavalo então parou
Era um vulto de capa que suas rédeas segurou
Ao tirar o pe´do estribo
Fechei os olhos de alivio e não ver mais o que passou.

Juro que foi um milagre quando acordei era dia
Quem salvou a minha vida ali perto eu não via
Arrastando as rédeas no chão meu cavalo aparecia
Nessa viagem eu fui feliz
Vendo as torres da matriz até chorei de alegria

Ao entrar na santa igreja eu senti o corpo arrepiado
Foi então que descobri quem havia me salvado
Frente a imagem milagrosa com quem eu tinha sonhado
Ao fazer o sinal da cruz
Vi que o manto de Jesus de orvalho estava molhado.

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