Quadrilha atômica
Lula côrtes
Éita, que o fole roncou
No alto da serra
Subiu poeira da terra
Chegou Lampião
Com seu borná carregado
De ouro e cachaça
E veio fazer uma dança
Nesse interior
No alto da serra
Subiu poeira da terra
Chegou Lampião
Com seu borná carregado
De ouro e cachaça
E veio fazer uma dança
Nesse interior
Éita, que o fogo na serra
Vai ser uma farra
Tavam limpando o terreiro
E mataram um boi
Do outro lado da terra
Tremeram as estradas
Atraso do sanfoneiro
Chegando depois
Mesmo no meio da fumaça
Já se deslumbrava
O corpo de Virgulino
Com fuzil na mão
Do outro lado Luiz
Com sorriso no rosto
Iluminado de fogo
Vestindo um gibão
Naquela noite se unia
A vida com a morte
Naquelas grotas do norte
Vadeia o Cancão
Na força de Virgulino
O Rei do Cangaço
E o solo do fole afinado
Do Rei do Baião
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