Asa de cera
MalakovTerra por cima por baixo pó
Tem asa negra toda de cera
Gole rasgado da bagaceira
O rastro vai dois passo atrás
Esconde a mente no degolar
Do claustro a chave volta diabo
Teu cadeado nó de cipó
Ao retornar
Vi ser a sombra teu voar
Eu vi nascer tão seca a vida
Minha parteira santa Maria
Me trouxe à terra velou um dia
Me deu consolo na noite é guia
Descer a ladeira de manhã
E usar o céu de corrimão
Barro suja mão até tingir
Pífanos e banda pra esculpir
De pernas de pau te procurar
Vosmecê vai ter que pagar
Visto o corpo nu com minha cor
Esse é o meu andor
Par do cangaço, salto do alto
Trago punhal quase mato
Cai de tocaia na bandalheira
Lati, rodeia faço um rezar
Fome esquecer
Do corpo tremer
Temer
Cura ao rever
Francisco santo
Rio que é rei
Três palmos são cavar um só
Terra por cima, por baixo pó
Do claustro a chave volta diabo
Teu cadeado nó de cipó