Ária masoquista
Marcelo sol posto
Logo que amanhecer e antes do entardecer
Brilho o sol ou caia a chuva hoje eu tenho que correr
Nas veredas de tropeço de um lugar que desconheço
Talvez seja no perdão, ou dentro de um coração
Na tristeza de um não ou debaixo desse chão
Misturado com a dor de parte da humanidade
Onde morre uma flor, onde nasce uma saudade
Onde arde uma paixão com requintes de maldade
Brilho o sol ou caia a chuva hoje eu tenho que correr
Nas veredas de tropeço de um lugar que desconheço
Talvez seja no perdão, ou dentro de um coração
Na tristeza de um não ou debaixo desse chão
Misturado com a dor de parte da humanidade
Onde morre uma flor, onde nasce uma saudade
Onde arde uma paixão com requintes de maldade
Num quarto escuro me encontrar, de mãos atadas perceber
Um látego meu dorso então surrar
Os meus olhos revirar, o meu fôlego perder
Minha pele afivelar, e na dor ensandecer
Logo que eu me dê por mim e antes de eu me perder
Sem meus trajes no trajeto, ansiosa a percorrer
Desatinos, desafetos tão oclusos em meu ser
Eu afronto a natureza, contamino a pureza
Eu confio na suspeita, eu duvido da certeza
E no ardor de um sentimento multiplico o meu tormento
Onde a dor assume formas sem sentido, diferentes
Dores fortes, prazerosas, dores de contentamento
E assim a dor resistirá... crescente não sucumbirá
O grão do alívio não germinará
E da tremulante chama de uma colorida vela
Sinto a ardência gotejante suavemente em minhas pernas
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