Se eu morrer amanhã
Mário silveira
Se eu morrer amanhã, por favor, não leve-me flores
Você terá tido uma vida inteira para isso
Também não chore de saudade
Não se não tiver me buscado verdadeiramente enquanto podia
Se eu morrer amanhã, peço
Não se arrependa de não ter me dito tudo que queria
Enquanto meus ouvidos eram algo que não pó
Se eu morrer amanhã - suplico -, não toque minhas mãos frias
Não se nunca as tiver sentido quentes
Se eu morrer amanhã não pense em como seria se eu estivesse vivo
Pois já serei impossibilidade
Se eu morrer amanhã, por favor
Não diga que me ama, nem que fui importante
Eu já não ouvirei isso
Chore, apenas se eu lhe tiver sido bom
Mas não chore se não tiver sido comigo
Leia algo meu se bater saudade, mas não leia se nunca tiver lido
Veja fotos minhas se isso fizer bem à lembrança
Mas não se arrependa de nunca ter pousado numa junto a mim
Se eu morrer amanhã, não enlute, não se não tiver lutado comigo
Se eu morrer amanhã, não se surpreenda porque morte é consequência de se estar vivo! Se, por acaso, eu morrer amanhã
Não olhe profundo para mim - dormido eternamente
Mas lembre-se do meu sorriso
E das outras coisas (boas e ruins) que eu fiz, para, por ou com você
Se eu morrer amanhã, lhe peço, não me queira ver
Não me queira escrever, não me queira despedir
Mas aceite, só respeite a ideia de que serei então silêncio
Que terei voado como pássaros no verão para outra dimensão
E, entenda, por favor, que o que fora feito, dito ou vivido
Estará trancafiado num tempo chamado passado
Que, pouco a pouco, debruça-se no esquecimento
E que já não flui, não volta, não muda, não vive, não vê
Você terá tido uma vida inteira para isso
Também não chore de saudade
Não se não tiver me buscado verdadeiramente enquanto podia
Se eu morrer amanhã, peço
Não se arrependa de não ter me dito tudo que queria
Enquanto meus ouvidos eram algo que não pó
Se eu morrer amanhã - suplico -, não toque minhas mãos frias
Não se nunca as tiver sentido quentes
Se eu morrer amanhã não pense em como seria se eu estivesse vivo
Pois já serei impossibilidade
Se eu morrer amanhã, por favor
Não diga que me ama, nem que fui importante
Eu já não ouvirei isso
Chore, apenas se eu lhe tiver sido bom
Mas não chore se não tiver sido comigo
Leia algo meu se bater saudade, mas não leia se nunca tiver lido
Veja fotos minhas se isso fizer bem à lembrança
Mas não se arrependa de nunca ter pousado numa junto a mim
Se eu morrer amanhã, não enlute, não se não tiver lutado comigo
Se eu morrer amanhã, não se surpreenda porque morte é consequência de se estar vivo! Se, por acaso, eu morrer amanhã
Não olhe profundo para mim - dormido eternamente
Mas lembre-se do meu sorriso
E das outras coisas (boas e ruins) que eu fiz, para, por ou com você
Se eu morrer amanhã, lhe peço, não me queira ver
Não me queira escrever, não me queira despedir
Mas aceite, só respeite a ideia de que serei então silêncio
Que terei voado como pássaros no verão para outra dimensão
E, entenda, por favor, que o que fora feito, dito ou vivido
Estará trancafiado num tempo chamado passado
Que, pouco a pouco, debruça-se no esquecimento
E que já não flui, não volta, não muda, não vive, não vê
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