Alma de juá florido
Matheus leal
Florzita branca do campo
Que peleou na madrugada
Pra enfeitar a manhanita
Ao clarear desabrochada
Qual a saudade de alguém
Que volta por quase nada
Por quase nada...
Que peleou na madrugada
Pra enfeitar a manhanita
Ao clarear desabrochada
Qual a saudade de alguém
Que volta por quase nada
Por quase nada...
Cuido, de cima do zaino
E vejo teu jeito pleno
Parece que abre os braços
Põe um pala de sereno
Soma a essência do pasto
Pra arreglar um cheiro bueno
Um cheiro bueno...
Traz o aroma veraneiro
Sempre que ao vento te atiras
És pequena e traiçoeira
Encantas a quem te mira
Tipo do encanto bandido
Que dá algo e depois tira.
E depois tira...
Me judiaste ao tentar
Te colher, simples florzita
Como pode a flor mais linda
Ter silhueta tão maldita
Mas o espinho te condena
A viver sempre solita
Sempre solita...
Parece aquela que um dia
Achou meu olhar perdido
Floreou e assim sem pena
Na investida negou estribo
Talvez tenha esta guaia
Alma de juá florido
Juá Florido... Florido
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