A do santo É sagrada
Mauro aguiar
Chegou o xodó da baiana que vende quitute
Um crente safado que diz que é carente
Pra viver as custas do acarajé.
Um crente safado que diz que é carente
Pra viver as custas do acarajé.
Ele sabe
Que aquela baiana tem coração quente
Então lança nela um olhar de indigente
E ela garante seu troco pro mé.
Ele diz
Que a grana é pro dízimo da Universal
Que o bem assim vence a batalha com o mal
Quem for mão de vaca não entra no céu.
A coitada
Depois de um dia de pura labuta
Sequer desconfia que alí só tem truta
E que está fazendo tão triste papel.
Satisfeito
Ele abre o boteco as seis da matina
Mistura cachaça, licor, calibrina
Sinuca pra ele é religião.
Ele gasta
O larjan da baiana em jogo e bebida
Mas diz que não mente pra ganhar a vida
Porque sempre deixa a do santo no chão.
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