Pagode jazz sardinha´s club
Mauro aguiarNão vou ficar no ora veja atrás de colher de chá
Biscate e bico tá bom? Se tá!
Tá pra lá de bom! Tô lá!
Se eu perco o fio da meada o fim do mês me destrói
Eu não nasci pra rei, sou rato, e nessa é o rei que me rói.
Difícil é ter que bancar herói
Sem pestanejar. Se dói!
Perdoa amor
Se empenho o meu coração
é que eu não tenho um tostão
E a prestação me enforcou
Vendo assim nosso amor
Parece que não tem fim
No fundo é calça de brim
Em banca de camelô.
Virá laje no calô /Vendê pilha, dá no pé /Fazê ponta no pornô /Mandá bala na ralé
Levá trouxa, sacolé /Perdê vaga pra robô /Passa fome, vê qualé /Cumê filme da tevê
Tô batalhando algum trocado enquanto o mar não da pé
Até cortando um bom dobrado ando passando o boné
Cansei de caraminguá, pois é
Vou terceirizar a fé.
No meu pagode até sardinha de balcão manda jazz
E quem não pode entrar na minha mete a mão pelos pés
Tem que se globalizar demais!
E tem que suar por dez!
Desculpe amor
Se eu fico aqui com você
Tô me arriscando a perder
Um trampo que já pintou.
Aliás tanto amor
Carece de marquetim
Ando freelance de mim
Nosso romance acabou, vou nessa!
Dançá funk prabalá /Ganhá troco, capilé /Suá sangue sem chiá /Batê palma pra mané Sonhá fama sem jabá /Tocá pente no metrô /Vivê fora do lugá /Virá gente e acabô!