Rio-x
Mauro aguiar
Rio mar de brisas, litorais
Sobranceiras rotas de água e sal
Jogo de sem-fins
Cristas que afinal
Curvam-se aos pés dos arlequins.
Sobranceiras rotas de água e sal
Jogo de sem-fins
Cristas que afinal
Curvam-se aos pés dos arlequins.
Rio em seu decúbito dorsal
Clamas por malandros ancestrais
Cova de leões
Antros desleais
Ilusão que espalha as ilusões.
Rio de anti-heróis coloniais, voz
Trama de desejos a pedir, chão
Mão do caos que move e a vida explode em carnavais
No mistério aceso em túneis, portas para os seus umbrais.
Rio de fronteiras raciais
Dissolvidas pelo riso anil
Balas e festins
Ecos de um fuzil
Vagam pelo chão dos botequins.
Rio, sol de sonhos virtuais, cor
Dor que nem tapumes cobrem bem, és
Sobrenatural concerto em chuvas tropicais
Tribos de agonia assombram, surfam sobre os seus metais.
Rio azul de mil mananciais
Zé-pereiras em transe febril
Fazem libações
Ao Sex appeal
Os motins transformam-se em canções.
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