Meliantes

Moleque de rua

Meliantes
O moleque estava ali depressivo e sem fazer nada
Cansado de sofrer e com a cara enxada de tanto chorar
Jogado nas ruas e sem esperança de nada
Sem pai e sem mãe para lhe orientar sobre as coisas da vida

Moleque de rua já sabe se virar
Vive nas ruas, pois ali é seu lar

Sobrevive de esmola e não freqüenta escola
De farol em farol ele ganha uns trocados para se alimentar
Vê burgueses passando e são todos tão esnobes
Sonha um dia crescer e ter um teto pra viver

Moleque de rua já sabe se virar
Vive nas ruas, pois ali é seu lar

Dorme de baixo de pontes, pois é onde se esconde
Da polícia que o maltrata e isso não é de hoje, vem de tempos atrás
Em albergues lotados, ele passa pela frente louco pra estar lá
Onde possa tomar banho e também descansar

Moleque de rua, já sabe se virar
Vive nas ruas, pois ali é seu lar

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